sábado, 28 de fevereiro de 2009

Minhas Férias na Bahia






Em 15 de janeiro de 2009, no vôo das 16:10h, da TAM, partimos eu(Avanir), minha filha mais velha, Bianca e meu filho caçula, Pedro, para Salvador, onde fomos passar dezoito dias de férias bem merecidas porque 2008 foi um ano de muita luta e trabalho.

Transcorreu tudo bem durante a viagem, apenas Bianca ficou muito nervosa por ser a primeira vez que viajava de avião.

Em no aeroporto, em Salvador, aguardamos por tia Zilda, irmã de meu falecido pai, em cuja casa ficaríamos hospedados. Ela demorou a chegar porque o trânsito estava muito conturbado devido aos festejos da "Festa da Lavagem das Escadarias da Igreja do Bonfim". Enquanto minha tia não chegava fizemos um lanche em uma lanchonete ali mesmo. Eu tomei um café expresso e comi um folhado de frango muito gostoso. Bianca tomou um café com creme e Pedro pediu um tipo de milksheik de chocolate e comeu também um folhado de frango. Depois ficamos andando pelas dependências procurando caixa eletrônica do ITAÚ e depois de muita espera, a tia Zilda apareceu.

Estávamos cada um com uma mala de viagem sendo que maior era a minha e fomos ver por quanto um táxi saindo do aeroporto até o bairro Castelo Branco, onde tia Zilda morava, nos custaria. O motorista, após consultar uma tabela nos disse que seriam necessários setenta e dois reais, o que achamos um absurdo e fomos mais adiante ver com aqueles motoristas alternativos o valor da corrida. Ela baixou para cinquenta reais e mesmo assim achamos muito caro. De repente vimos um ônibus que ia para o nosso destino cuja passagem era dois reais e vinte centavos, o mesmo valor da passagem padrão do Rio de Janeiro e foi nele que embarcamos sem mais delongas.

No dia seguinte acordamos cedo e fomos passear na praia de Itapuã, onde passamos a manhã toda e à tarde fomos ao Mercado Modelo onde ficamos maravilhados com tanta coisa bonita e relativamente cara.

Em cada esquina da Cidade Alta e até mesmo da Cidade Baixa, encontrávamos uma baiana vendendo acarajés e outras iguarias. Nos primeiros dias comi tanto acarajé que até enjoei. Lá você encontra frequentemente acarajé pelo preço de um real. Na rua em que minha tia mora, todas as noites duas moças montavam uma barraca onde fritavam na hora e vendiam as iguarias por um real e havia também um bar que vendia uns enormes de "ITU", por dois reais, recheados de vatapá, caruru, salada de legumes e camarões enormes, uma delícia.

Na praia de Itapuã experimentei o caldo de sururu, uma especialidade das praias de lá, feito com um tipo de marisco pequeno e saboroso.

Fomos à Festa da Ribeira mas infelizmente já chegamos no final, na parte da tarde e só tiramos fotos, inclusive do maravilhoso por-do-sol de lá. Depois caminhamos da Ribeira até à Igreja do Bonfim onde assistimos à novena em preparação para a festa de N. Sra. dos Navegantes.

Fomos também em Ondina, visitar meu tio Alberto que se acha muito doente, com enormes feridas em ambas as pernas. Fiquei muito triste de vê-lo tão magro e dependente de sua mulher, que por sinal é minha xará. Ficava lembrando do tempo em que ele ia lá no meu trabalho onde tinha uma namorada, a Glória Regina, filha dos falecidos Cartola e D. Zica da Mangueira. Tio Bertinho (Alberto) fora Diretor de Harmonia daquela agremiação.
Voltamos à casa de tia Avani, num dia à tarde, quando Bianca tirou diversas fotos minha e de Pedro, na praia de Ondina ao entardecer.
Passeamos muito. Fomos novamente ao Mercado Modelo e subimos no Elevador Lacerda para a Cidade Alta, onde fomos tirar fotos na Praça Castro Alves. Neste dia, descemos e fomos encontrar Michele, colega de Bianca que também fora para Salvador, para a casa de seus avós. O Mercado Modelo já estava fechando e demos umas voltas, comprei uma família de elefantes de uma pedra verde mostarda para colocar na minha estante, comprei também, enfeites para geladeiras, com motivos da Bahia e muitas fitinhas de Senhor do Bonfim.
No domingo, como estávamos com as passagens compradas previamente para voltarmos para o Rio de Janeiro, fomos visitar tio Bertinho novamente para nos despedirmos dele, de tia Avani e do restante da parentada. Tínhamos ficado de ir cedo para irmos à praia e almoçarmos lá, porém telefonei para minha prima Jacira, filha de meu tio Florisvaldo(Vadinho) que mora no Rio, na Cidade de Deus, e ela veio com o filho almoçar conosco em casa de minha tia Zilda que ,naquele dia, havia feito um cozido e isso nos atrasou muito. Só conseguimos chegar em Ondina já quase seis horas da noite. Fomos até o Rio Vermelho que fica perto da casa deles e é onde se prepara o presente para Iemanjá, que se coloca no mar, no dia dois de fevereiro, dia de N. Sª dos Navegantes. Foi interessantíssimo assistir aos preparativos. Pudemos participar do ritual em que pessoas do Candomblé entoam cânticos para os orixás o que se constitui na abertura dos festejos. Fotografei o guardião das oferendas para Iemanjá que era um pescador que se sentia na obrigação de fazer aquilo sem ninguém ter-lhe dado aquela tarefa, fotografei a todos nós juntos à estátua de uma enorme sereia que simbolizava Iemanjá e ficamos por lá até às duas horas da manhã. Depois fomos dormir porque tínhamos combinado com meu primo Alexandre de nos levar ao aeroporto às quatro e meia da manhã. Pedro estava tão ansioso que não deitou, ficou no laptop até a hora de sairmos, eu e Bianca tiramos um cochilo até às quatro. Quando o Alexandre chegou às quatro e meia, pontualmente, foi só pegarmos as malas e levarmos para o carro dele. Tia Avani foi com ele nos levar até o aeroporto de Salvador e de lá retornamos sem nenhum problema, graças a Deus.
Eu pretendia ir participar da entrega do presente de Iemanjá, aqui, no Rio, mas pegamos um engarrafamento na Av. Brasil que só consegui chegar em casa ao meio dia e meia e aí nem voltei mais porque o presente já devia ter sido entregue na Praça XV, pois estava marcada a saída do cortejo da Cinelândia às onze horas.