quinta-feira, 8 de março de 2018

FRUSTRAÇÃO

Quando em 1978 pedi demissão da TELERJ/SA, depois de trabalhar lá desde 12 de julho de 1971, jamais imaginaria que iria me encontrar 39 (trinta e nove) anos depois de ter sido aprovada num concurso público em que me classifiquei em 3º lugar, nesta situação. Aposentada no RIOPREVIDÊNCIA desde 10 de fevereiro de 2010, ou seja há sete anos incompletos, no cargo Administrador, de nível de escolaridade superior, estar ganhando 60% menos, em relação àquela época quando ganhava 10,5 salários mínimos, além de ter perdido vários direitos que me atraíram para ingressar no serviço público estadual. Esperava que quando chegasse a minha inatividade pudesse ter uma vida tranquila, como consequência dos 32(trinta e dois) anos trabalhados no Serviço Público Estadual.
É muito frustante quando você estuda, se esforça, enfim, faz tudo certo pensando no futuro e no final da linha se questiona se valeu a pena ser servidora pública em vez de continuar na iniciativa privada porque os colegas que lá continuaram aposentaram-se em melhores condições financeiras que eu.
Não têm ideia do que é você chegar aos 69(sessenta e nove anos) e ter que continuar trabalhando, quando o faz desde os 13(treze) anos de idade, pra manter um padrão razoável que não seja preciso receber mesada dos filhos.
Em 29 de setembro de 2017 completarei 70(setenta) anos e essa é a idade limite para continuar ativa no Serviço Público, pois ainda sou professora de Administração, na Rede Estadual de Educação, onde em 17 de fevereiro próximo completarei 30(trinta) anos de Magistério e graças a estar ativa nesta segunda matrícula é que estou recebendo os vencimentos em dia, graças ao FUNDEB. Este fundo não foi criado para pagar salários de professores ativos, mas é melhor que o recebamos antes que vá parar em alguma conta de banco em algum paraíso fiscal.
Lamentamos que os professores inativos não estejam recebendo também e fico imaginando como estão sobrevivendo meus vários colegas que têm duas matrículas inativas. Muitos deles estão tendo que receber cestas básicas doadas pela caridade de outros colegas cujas categorias estão com os salários em dia.
Devido à política de saúde estadual caótica, muitos servidores públicos caíram na falácia de contratar planos de saúde, principalmente depois que o governo dizimou  a rede IASERJ e agora, sem dinheiro para pagar as contas, estão perdendo o direito de usar os serviços médicos por estarem inadimplentes devido a essa prática do governo Pezão/Dornelles de além de pagar atrasado, ainda o faz parcelado.
Somente os professores ativos, a segurança e o Judiciário estão com os pagamentos em dia. Inativos e pensionistas estão na mesma situação

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